Arranjo para QUINTETO DE SOPROS do Estudo II de Leo Brower, peça coral originalmente escrita para violão.
domingo, 18 de março de 2012
Estudo II (Leo Brower) - Arranjo para QUINTETO DE SOPROS - RODRIGO LOBATO
Arranjo para QUINTETO DE SOPROS do Estudo II de Leo Brower, peça coral originalmente escrita para violão.
domingo, 11 de março de 2012
QUINTA SINFONIA DE BEETHOVEN (Dó menor) - ANÁLISE - Parte I
MOVIMENTOS
- Allegro con brio
- Andante con moto
- Scherzo Allegro
- Allegro - Presto
INSTRUMENTAÇÃO
- Flautas
- Oboés
- Clarinetas (Bb)
- Fagotes
- Contrafagote
- Trompas
- Trompetes
- Trombones
- Tímpanos
- Naipe completo de cordas
PRIMEIRO MOVIMENTO - ALLEGRO CON BRIO
ANÁLISE
Compassos 1 - 21
A exposição do tema é feita a partir do motivo central apresentado nos primeiros compassos da sinfonia. Do primeiro ao quinto compasso, o tema já introduz uma grande tensão, criando um ambiente de expectativa, como se estivesse anunciando a chegada de algo. O motivo gerador é composto por apenas quatro notas, sendo que ao observarmos de forma vertical e a cada compasso, é executada uma nota por vez e com total simetria rítmica. A instrumentação neste momento é composta por clarinetas e todo o naipe de cordas. Violinos e clarinetas em uníssono, separados das violas e contrabaixos por uma oitava, e dos violoncelos por duas oitavas. Violas e contrabaixos em uníssono, separados dos violoncelos por uma oitava.
A introdução do tema, que ocorre nos primeiros cinco compassos tem função preparatória, principalmente pelo uso exacerbado de fermatas (comp. 2 e 5). Creio poder afirmar que a ambiência criada tem ligação direta com a relação intervalar existente na exposição temática, pois existem duas terças descendentes em tais compassos, uma maior (G - Eb - comp. 1 p/ 2) e outra menor (F - D - comp. 3 p/ 4). Dois intervalos que geram sensações distintas, mormente quando em sequência. A indicação de dinâmica também é fator que influencia a criação de tal clima, visto que a orquestra deve tocar fortíssimo, marcando bem a presença do motivo. O movimento harmônico presente nos compassos iniciais (1 - 5) é da região dominante para mediante e da subdominante para supertônica (G - Eb ------ F - D).
Do compasso 6 - 21 ocorre a primeira parte do desenvolvimento do tema apresentado. A estrutura rítmica é mantida, três colcheias e uma mínima. Nesta parte inicial do desenvolvimento, o mesmo motivo aparece, alternadamente, nos violinos (I e II) e violas, enquanto fagotes, violoncelos e violinos/violas, alternadamente, apresentam acompanhamento harmônico. Fagotes e violoncelos executam a mesma linha melódica em uníssono, ambos executando a nota dó, afirmando, neste momento, a estabilidade harmônica da sinfonia na região tônica. Cabe ressaltar que o desenvolvimento temático é caracterizado por uma alteração de dinâmica muito importante, influenciando mais ainda na formação do “clima” da peça. No momento inicial do desenvolvimento, é indicado que se execute piano (comp. 6 - 8), mas logo a frente a indicação é piano crescendo (comp. 18) e forte (comp. 19).
Do compasso 7 - 21, pelo fato de fagotes e violoncelos se encontrarem em uníssono, caminham sempre em movimento direto, por oitavas paralelas. Entre os compassos 14 e 18, o tema, em desenvolvimento, se apresenta em forma de pergunta e resposta entre violinos I e violinos II/violas. Tal forma é caracterizada pelo motivo de os dois grupos executarem as mesmas notas, porém em movimentos opostos, enquanto um é ascendente, o outro é descendente. Durante a seção de desenvolvimento, a harmonia transita entre as regiões dominante e tônica, havendo apenas um momento de potencial instabilidade no compasso 20, quando surge um trítono (C - F#) de função preparatória. O tema desemboca nos três acordes executados tutti nos compassos 19, 20 e 21, que finalizam esta pequena introdução e desenvolvimento, preparando a volta do motivo gerador através da dominante (comp. 22).
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